Projeto Acalanto Natal
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14 de julho de 2015

A História de Pedro

Uma noite recebi uma ligação. Havia uma criança recém-nascida e a família precisava entregá-la para adoção. Não havia condições de cuidarem dele. Era um menino. Meu coração quase saltava para fora do peito quando respondi ao telefone: “Quero esse menino, vou buscá-lo sim”. Era tarde, não poderia ser mais aquela noite. Só na manhã seguinte. A noite mais longa de todas! Quando desliguei me dei conta do que havia feito. E agora? Não havia quarto, berço, enxoval; experiência então, nenhuma! Me bateu um medo enorme de não dar conta da missão. E pior, me dei conta das horas de espera que estavam por vir. Liguei de volta. “Posso ir buscar hoje ainda?”. A voz do outro lado ficou preocupada com minha ansiedade. “Querida, são 23h, o bebê dorme. O mais prudente é amanhã logo cedo. Mas ficamos felizes que esteja decidida. Havia um casal disposto a vir, mas disseram que queriam conhecer a criança e só então decidiriam. Não achamos isso muito certo. Você diz que quer vir buscá-lo, se possível ainda hoje. Acho que esse criança chegou para você”. Fui conhecer a família, entender seus motivos, e buscar meu filho, que transformaria radicalmente minha vida de uma forma linda. Pude abraçar a mãe e a avó biológica. Conversamos, nos emocionamos, fizemos juras de eterno carinho e gratidão. Elas não podiam mesmo ficar com ele. Tem uma propaganda que diz que quando nasce uma criança nasce uma mãe. E nasce mesmo. Para Pedro nasci eu.

Na trajetória apreendemos o que já intuíamos! Todos os filhos precisam ser adotados! Os nossos são para nós estrelinhas que Jesus enviou. De onde vieram? Do céu, é claro!

Fabiana Fernandes Fontes e Francisco Cláudio Medeiros Júnior, pais de Fernanda Fernandes Medeiros e Pedro Fernandes Medeiros.

Quando nossos filhos chegaram não perguntamos nada. Apenas os recebemos com o coração cheio de certezas e de dúvidas. Não foi romântico como nos contos de fadas, mas foi mágico e especial como tinha que ser. Estávamos desejosos e atentos, e eles chegaram. Como sempre acontece. A adoção sempre esteve nos nossos planos. Poder se dedicar a outro ser humano, dar o melhor por ele, fazer parte da sua história, ajudá-lo a crescer e se desenvolver. Filhos biológicos, filhos por adoção, tantos adjetivos para FILHOS. Somos muito capazes de amar além da biologia, e isso é maravilhoso. Desejo todos os dias que muito mais pessoas descubram isso.