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25 de fevereiro de 2017

A História de Leila

Era uma vez, na cidade do Rio de Janeiro, um jovem casal  feliz e com muitos projetos de vida pessoal e profissional. Nossa vida a dois foi construída com amor, cumplicidade e amizade; em meio à realizações e frustrações. Após alguns anos de relacionamento harmonioso, sentimos nascer e crescer o desejo de nos tornarmos pais. A partir deste desejo em comum, tentamos engravidar espontaneamente por alguns anos e, após estas tentativas frustradas, decidimos buscar ajuda médica com alguns profissionais especializados em reprodução assistida.

Durante tratamento médico, surgiu a vontade de nos tornarmos pais por meio da adoção. Decidimos, então, procurar a Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro para realizarmos o curso de habilitação para adoção. Fomos convidados a realizar o curso 1 ano após a inscrição e a  sentença de confirmação para adoção só foi deferida 1 anos após o término.

Nessa mesma época, recebemos o diagnóstico médico de nossa esterilidade, porém não perdemos a esperança de continuarmos na busca por nosso(a) filho(a) do coração. Havia 2.000 pessoas na nossa frente na fila de adoção na cidade do Rio de Janeiro.

Em meio a nossa busca incessante, conhecemos no ano de 2006, ainda no Rio de Janeiro, um casal que morava na cidade de Ibimirim – Pernambuco e o mesmo mencionou sobre uma criança que estava prestes a nascer e da possibilidade da adoção ser consentida. Alguns dias após esta informação, entramos em contato com o Conselho Tutelar e com a Comarca desta cidade para informações sobre como se habilitar e enviamos pelo correio toda a documentação exigida para o processo.

Após alguns meses de expectativas, receios e esperanças, decidimos ir até lá mesmo conscientes do risco da possível desistência da genitora. Viajamos de avião do Rio de Janeiro à Recife e depois mais 3 horas de carro até a cidade de Ibimirim. Fomos muito bem recebidos pelo casal e por seus filhos e netos e, ao chegarmos em sua humilde casa, fomos totalmente acolhidos por todos. Chegamos no dia 12 de abril de 2007 (dia do nascimento de Leila), e, no dia seguinte, 13 de abril, a genitora e a avó biológica de Leila chegaram em casa, direto da maternidade, para nos entregar Leila.

As frases que me emocionaram foi escutar de uma das filhas do casal: “- Segure sua filha!” e a outra frase foi por parte da genitora: “- Deixe dar um cheiro nela, porque nunca mais vou vê-la”. Foi um ato de amor! Foi um momento mágico segurar aquela pequena bebê indefesa e tão pequenina!

Permanecemos ainda na cidade por 18 dias para regularizarmos nossa situação perante a justiça local. Neste período, tivemos muito receio de que a genitora desistisse, mas ao mesmo tempo estávamos completamente envolvidos e apaixonados por nossa filha, em meio a noites mal dormidas, cólicas noturnas, mamadeiras, troca de fraldas, banhos, enfim, tudo novo e mágico! Após o recebimento da guarda provisória, retornamos para o Rio de Janeiro com Leila, deixando para trás muita gratidão pelo casal que foi um instrumento de Deus em nossas vidas.

Ao chegarmos em casa, foi o início de um novo ciclo de vida para nós e para nossa família. Foi a vez de apresentarmos Leila aos avós maternos e paternos, tios e tias, primos e primas. Hoje, Leila está com 9 anos de idade e neste ano de 2016 finalmente recebemos a nova certidão de nascimento constando Leila como nossa filha e pudemos, finalmente, festejar e agradecer a Deus por termos nossa filha de fato e de direito.

Lembra-se do início da nossa história? Éramos felizes mas sentíamos latentes o desejo de sermos mãe e pai. E hoje podemos afirmar que nossa família ficou completa com nossa moreninha! Obrigada filha por realizar este sonho em nossas vidas, que hoje é realidade. Te amamos incondicionalmente!