“Somar é o que a gente quer.” A frase é do professor e intérprete de Libras Fábio Silva, um dos 31 participantes do curso de capacitação de novos voluntários promovido pelo Projeto Acalanto Natal (PAN) – no último dia 18 de março, e resume o pensamento da nova turma que vem se juntar ao trabalho da ONG, cuja atuação em território potiguar completará 22 anos em 2018.
O curso ocorreu no Parque da Cidade do Natal e, durante todo o dia, os novos voluntários foram apresentados a informações sobre legislação e características gerais dos processos de adoção no Brasil, bem como às diversas áreas e atividades nos quais eles poderão se engajar dentro do projeto. Através de vídeos e palestras, conheceram também a rotina, as alegrias e, claro, as dificuldades de quem age em prol das crianças abrigadas que aguardam por uma família.
O Assessor de Voluntariado do Acalanto Natal, Ruan Oliveira ressaltou a importância da chegada de novos voluntários ao PAN. “Formar novos voluntários para nossa organização é algo fundamental. A instituição cresce, e esse crescimento requer mais gente boa e de bom coração, pessoas que estejam ao nosso lado, lutando por essa causa tão nobre que o Acalanto há mais de 20 anos vem fazendo. Desenvolver pessoas dentro do trabalho voluntário, esse é nosso lema, afinal, juntos podemos fazer mais e melhor”.
Primeiras impressões
A resposta foi imediata. “Quando você se interessa e age com amor, as coisas fluem naturalmente e terminam acontecendo”, observou Adelaide Targino, também participante do curso. Ela tomou conhecimento do Acalanto Natal a partir das redes sociais e por intermédio de uma professora que mantinha contato com a ONG. “O projeto voluntário é uma doação e o importante é as pessoas estarem abertas a trabalhar com amor”, resumiu.
Outra voluntária capacitada, Cibele Alexandria, disse ter descoberto o Projeto Acalanto através da internet. Ela pretende se tornar mãe adotiva e defendeu que todos deveriam conhecer o trabalho de instituições como o PAN e, na medida do possível, contribuírem com causas que ajudem a sociedade.
“É extremamente gratificante saber que você está fazendo parte de algo maior, como é uma adoção”, acrescentou o estudante de direito Renan Peterson. Há sete anos ele já trabalha em eventos do Acalanto, mas só agora conseguiu participar da capacitação. Renan reforça que o projeto necessita de muitas pessoas, para poder cada vez mais contribuir com um futuro melhor para as milhares de crianças à espera de adoção.
O professor Fábio Silva ainda reforçou a impressão dos colegas e lembrou que a ajuda pode vir em atividades gerais, ou mesmo em ações específicas. “Posso, por exemplo, vir a agregar minha área, de educação especial, para poder ajudar crianças surdo-mudas ou cegas à espera de adoção, bem como capacitar outros voluntários ou mesmo contribuir em novas áreas. Como disse, somar é o que a gente quer.”
O Projeto
O Projeto Acalanto Natal surgiu em 1996, inspirado no Projeto Acalanto São Paulo e integra a Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), já tendo contribuído para a criação de grupos semelhantes no Ceará (Fortaleza e Brejo Santo), Sergipe, Rondônia, Maranhão e no interior do Rio Grande do Norte, como em Mossoró, na criação do Grupo Afeto de Apoio à Adoção.
A ONG já realizou mais de 2 mil entrevistas com pais adotivos e biológicos em busca da adoção legal e concluiu mais de 1 mil processos de adoção. Quem estiver interessado em informações sobre voluntariado pode entrar em contato pelo telefone (84) 99117-7732 ou pelo e-mail projetoacalantonatal@hotmail.com.